HST na cannabis: Monster Cropping, benefícios e desvantagens

Monster cropping é uma técnica HST (high stress training) avançada de cultivo que desafia os métodos tradicionais, oferecendo uma maneira inovadora de maximizar o potencial das plantas de cannabis.
Ao explorar o crescimento vigoroso de clones retirados de plantas que já estão na fase de floração, a monster cropping não só aumenta a densidade de buds, mas também promove uma estrutura de planta mais robusta e ramificada, potencializando o rendimento sem a necessidade de espaços de cultivo maiores, tornando-se uma escolha atraente para growers que buscam otimizar cada centímetro do seu jardim.

Mas o que significa monster cropping?

Monster cropping significa colheita monstro e se resume a tirar clones da floração para criar uma planta densa e espessa revertendo-a de volta ao estágio vegetativo. Quando se usa esse método de treinamento de plantas, praticamente não precisa manter uma planta-mãe para garantir colheitas futuras. Combinado com outras técnicas de treinamento, como SCROG (tela verde), monster croping podem ajudar a aumentar ainda mais as colheitas.

Como outras formas de treinamento, monster cropping é uma forma controlada de estresse para a planta que não impacta a colheita em andamento. E o estresse é o que faz uma planta ativar seu mecanismo de defesa. A planta trabalha duas vezes mais e, se tudo correr bem, produz mais locais de buds e aumenta muito o rendimento.

Quais são os benefícios do Monster Cropping?

O primeiro grande benefício da monster cropping é que ele garante rendimentos a longo prazo sem a necessidade de manter uma planta-mãe. O objetivo é pegar clones de plantas floridas e continuar cultivando-as normalmente. Quando elas atingirem a floração, pode ser coletada uma nova rodada de clones. O método também libera espaço e recursos na sala de cultivo que normalmente se gastaria com a planta-mãe.

O segundo grande benefício é que quando se revegeta clones floridos, eles realmente produzem colheitas maiores, dando rendimentos máximos. As plantas se tornam espessas e projetam mais galhos nas laterais. Os buds desses brotos têm fácil acesso à luz, necessária para estimular o crescimento.

Uma boa estratégia é aplicar essa técnica no cultivo perpétuo, com potenciais ciclos contínuos de crescimento e colheita, pois como os clones podem ser revertidos rapidamente para a fase vegetativa, fica fácil garantir uma produção constante ao longo do ano.

Growers mais experientes também podem tentar outras técnicas junto com a monster cropping. Por exemplo, pode se fazer a poda canela seca ou lollipop nas plantas revegetadas em conjunto com a tecnica SCROG e dar um impulso adicional às plantações.

Quais são as desvantagens do Monster Cropping?

É importante saber que a monster cropping não pode ser realizada em todos os tipos de plantas de cannabis. Por exemplo, essa tecnica não funciona com autoflorescentes, nem é recomendado para plantas curtas ou de crescimento lento, assim, eliminando muitas indicas curtas e densas.

Outra parte complicada é que nem todos os clones que se tenta reverter da floração para a vegetação serão bem-sucedidos. Uma parte das mudas simplesmente não espalhará raízes, daí a necessidade de pegar mais clones e estar preparado para que alguns falhem. Não tem nada a ver com a experiência do grower.

Além disso, quando se iniciar a monster cropping, praticamente se adia o tempo de colheita. Retornar as plantas à vegetação significa mais tempo até a produção, então, se existe pressa para coletar alguns buds, esta não é a técnica a se escolher.