Herméticos ou Vidro Violeta: Como escolher o tipo de pote adequado
Depois de todo o desenvolvimento da planta, da colheita e da secagem, a fase de cura é a que merece total atenção do dono de cultivo. É processo que faz toda a diferença no resultado final do cultivo e serve para retirar toda a umidade restante das flores. Também elimina os resíduos de clorofila, que é responsável pelo amargor no sabor de uma erva quando mal curada. Por isso, para tirar um 10, como se diz popularmente, é preciso escolher o tipo de pote adequado para a curagem e garantir potência, aroma e sabor. São duas opções principais, como já destacados no blog da Green Power:
Potes herméticos
Potes de vidro violeta
Mas como escolher entre um tipo de pote do outro? Para ajudá-lo na decisão, confira a seguir os principais critérios para fazer sua escolha e ter uma cura com grandes chances de ter um produto final de qualidade. Confira.
Critérios para escolher o tipo de pote para a fase de cura
O principal critério de escolha do tipo de pote e que é o grande diferencial entre herméticos e de vidro violeta é o tempo de cura.
O processo de cura demanda normalmente de um a um mês e meio, mas as ervas e chás podem permanecer curando por bem mais tempo. Há registros de ervas mantidas em secagem por mais de um ano, e os efeitos da cura prolongada são todos positivos como um sabor mais leve sem o gosto amargo da clorofila, efeitos desejados mais intensos e um aroma agradável. Tudo isso proporcionado pelo armazenamento correto durante essa etapa.
Os potes de vidro violeta são mais indicados para curas mais longas pois não permitem a entrada dos raios de luz do espectro visível. Sobre isso, cabe um adendo:
Por que somente durante a cura não podemos permitir a entrada de luz?
Após a colheita e a secagem, a planta interrompe a produção dos pigmentos responsáveis pela absorção de luz (como as clorofilas e carotenóides). Assim, a luz que seria importante nos processos metabólicos como a fotossíntese, agora não tem mais utilidade e passa a degradar estruturas que conferem por exemplo o aroma e consistência.
Os potes de vidro violeta também conferem vedação, assim como os herméticos, mas a cor violeta funciona quase que como um protetor solar para as plantas, permitindo a passagem apenas de radiação não nociva e, segundo alguns estudos, até positiva.
Em contrapartida, os potes herméticos são preferidos para curas mais curtas, com a duração média. Como formam uma região com pouco oxigênio (praticamente vácuo) são excelentes para a conservação.
Quando abrimos os alimentos devemos consumi-los rapidamente após alguns dias. Mas fechados, teriam uma validade muito maior. Isso se deve principalmente por causa do contato com o ar, que além de carregar oxigênio também transporta diversos microorganismos.
Por serem transparentes, o tipo de pote hermético não oferece a mesma proteção de filtro que os de vidro violeta. Mas nesse curto período de cura, e se armazenados adequadamente, os potes herméticos cumprem muito bem sua função.
O que acontece se trocar de um tipo de pote para outro durante o processo de cura
Um detalhe importante em relação à escolha do tipo de pote é a possibilidade começar usando um e trocar para o outro no meio do processo de cura. Não há nenhum problema em fazer a mudança.
Inclusive, muitos cultivadores optam por iniciar a cura com potes herméticos, que graças ao vácuo auxiliam, por exemplo, a identificar se ainda há umidade (e portanto é necessário mais tempo de secagem) e realizam bem a função de isolar a planta do ambiente externo.
Depois de cerca de um mês, eles trocam as ervas ou chás para os potes de vidro violeta para então prolongar a cura por mais tempo. É importante que seja seguido o controle de quantas vezes o pote deve ser aberto (no início até 2x ao dia e gradativamente passando a 2x por semana) e as demais orientações para uma cura melhor, mas a troca de pote não interfere no processo.