5 dicas para o uso de defensivos no cultivo indoor
O controle de pragas é uma das tarefas que todo dono de um cultivo indoor precisa executar em sua rotina de manutenção. O surgimento de “invasores” podem colocar a perder todo o trabalho construído. É possível se prevenir com maior controle da umidade, por exemplo. Mas se ainda assim, elas surgirem, será preciso partir para o uso de defensivos. Além de recomendar a leitura com atenção as instruções de aplicação que estão no rótulo dos produtos, como os que estão à venda na Green Power, também reunimos uma lista de dicas que vão ajudá-lo a entender e usar os defensivos com maior eficiência.
Preparado?
Quando é o momento de adotar o uso de defensivos?
A maioria dos cultivadores recorrem ao uso de defensivos apenas quando notam a infestação das pragas. Mas poucos sabem que o melhor é já considerar a aplicação de defensivos como uma forma de prevenção, nesse caso, usando-os quinzenalmente, por exemplo, ou mesmo incorporando ao próprio substrato. Isso se aplica exclusivamente aos produtos defensivos e/ou fertilizantes de origem natural, não aplique defensivos químicos deliberadamente em seu jardim. O fato é que muitos dos defensivos que citamos aqui servem, inclusive, como adubos foliares e ativadores das defesas naturais das plantas, daí advêm primariamente sua função protetiva, pois eles atuam principalmente no fortalecimento e na nutrição das folhas.
Um bom exemplo é o nim, tanto na forma de pó de nim, que serve para misturar ao substrato e já atua como fertilizante e defensivo ao mesmo tempo, temos ainda o citronim que é um defensivo natural com ampla ação repelente e preventiva sobre diversas pragas comuns em plantas, hortas e jardins em geral. À venda na Green Power, o citronim é um composto à base de extrato concentrado de nim (Azadirachta indica), óleo de andiroba (Carapa guianensis) e citronela (Cymbopogum nardus). O nim pode atuar em mais de 400 tipos de pragas que atacam plantas e animais domésticos, tendo inclusive ação no controle de pulgas e carrapatos.
Muito usado no Japão desde tempos antigos, o extrato pirolenhoso (ou ácido pirolenhoso) pode ser uma boa opção de defensivo de origem natural e com amplo espectro de ação. Da mesma forma que o nim, pode ser aplicado de tempos em tempos como forma preventiva, sem causar danos à planta. Atua também como um ótimo adubo foliar e ativador fisiológico, melhora o enraizamento e a resistência das plantas. O extrato pirolenhoso é proveniente da condensação da fumaça proveniente da queima da madeira, especialmente na produção de carvão.
O mesmo defensivo pode ajudar no combate de diferentes pragas?
Geralmente sim. Um defensivo de ampla ação atuará em todas as pragas de um determinado tipo ou grupo, como, por exemplo, os insetos (pulgão, cochonilha, trips…), aracnídeos (spider mites, ácaros…), moluscos (lesmas, caracóis…). No entanto, existem alguns defensivos bem específicos para algumas pragas bem conhecidas dos jardineiros, como é o caso da Beauveria usada contra a mosca branca.
Como exemplos de defensivos de ampla ação, podemos citar os de base de nim (Azadirachta indica), que ajuda na prevenção contra insetos. Esta é uma planta de origem indiana usada há milênios com a finalidade de combater pragas tanto em plantas como em animais domésticos. Também é usada medicinalmente na saúde humana.
Outro exemplo de defensivo de ampla ação é a terra de diatomáceas. De origem inorgânica, este defensivo, também chamada diatomito, é um pó inerte proveniente de algas diatomáceas fossilizadas e possui o dióxido de silício como principal componente. A sílica tem a capacidade de desidratar insetos e aracnídeos, causando a morte em um período variável de um a sete dias, dependendo da espécie-praga. Os dois tipos de defensivos podem ser usados diretamente no solo ou no substrato, sendo incorporados e atuando em duas frentes: na inibição do ataque das pragas que circulam pelo solo e como adubo (no caso do nim, na sua forma em pó ou farelos).
Qual a quantidade ideal para ser aplicada?
Importante sempre seguir as instruções de dosagem que constam no rótulo do defensivo. Tome cuidado para nunca aplicar em excesso. Além de prejudicar as plantas, isso pode causar também danos à saúde de quem está manipula o defensivo. Por isso, recomenda-se também cuidar da proteção individual com uso de luvas, máscaras e óculos. Isso vale até mesmo se estiver lidando com um defensivo natural, aparentemente inofensivo.
Por quanto tempo deve-se manter o uso de defensivos?
Não há um prazo determinado para manter o uso de defensivos. O que vale é observar a evolução dos efeitos da aplicação e manter o uso até que sejam notados resultados. Ou seja, que as pragas tenham sido eliminadas. O melhor sempre, no entanto, é prevenir o ataque das pragas. Faça o controle manual retirando as pragas que forem observadas e separe as plantas infestadas das mais sadias. Quando a infestação estiver em nível avançado dificilmente um único defensivo dará conta de acabar com ela. Em situações assim, será necessário recorrer a produtos químicos mais fortes, mas em se tratando de um cultivo de ervas medicinais ou alimentos não recomendamos essa opção.
De que forma o uso de defensivos pode prejudicar a plantas?
Como destacado antes, o importante é não usar em excesso. Além disso, leve em conta que as plantas produzem também seus próprios defensivos por meio de compostos secundários. Por causa disso, se as plantas estiverem saudáveis e com energia, serão menos vulneráveis ao ataque de pragas.
Agradeço muito a sua atenção. Ótimas informações.
qual a porcentagem pra cada componente?
Para 10 litros de agua:
100 gr terra dietomáceas
50 gr farinha de neem
Bom artigo, várias informações úteis.
Obrigado pela audiência Davi! Bons cultivos ai!