O substrato ideal, transplante de muda

 Em Dicas de Cultivo

Substrato ideal. Quando as plantas estão muito grandes para seus contenedores elas precisam ser transplantadas para vasos maiores, inclusive com a troca do substrato. Caso as plantas continuem em um vaso apertado, observa-se o início de um crescimento atrofiado.

 

Alguns indícios que as plantas precisam de mais espaço são:

  • plantas com estiramento entre nós, ou seja, apresentam caules muito alongados;
  • crescem muito em altura e apresentam poucos ramos laterais;
  • crescimento lento e atrofiado.

O momento do transplante, trocando o substrato

No momento do transplante é possível observar a trama de raízes da muda. A hora certa de transplantar é quando as raízes estão circundando o fundo e bordas do recipiente/vaso. Evite adiar o transplante pois isso poderá causar um emaranhado de raízes, passível de prejudicar o crescimento da planta depois.

 

O substrato ideal para o vaso definitivo deve conter os mesmos elementos do meio de cultivo inicial. Para isso, utilize a mesma composição que você elaborou para preparar o meio de germinação ou clonagem, caso suas mudas tenham essa origem. Isso evita uma mudança brusca na pressão de água que pode ocorrer quando se transplanta a muda para substratos totalmente diferentes dos quais as raízes estão habituadas a crescer. Se as mudas a serem transplantadas estão em cubos de lã de rocha ou células de germinação Jiffy todo o processo é facilitado: basta transferir a muda inteira para o vaso definitivo, cuidando para que o substrato seja aerado e com boa textura.

 

Veja a composição ideal de para obter a melhor aeração*:

  • 30% de Perlita Expandida
  • 50% de Fibra de Coco
  • 20% de Vermiculita

 

 

Veja a função de cada componente do substrato
Perlita – alta capacidade de aeração do solo, mantém a temperatura do substrato constante;
Fibra de Coco – fácil escoamento de água e boa oxigenação das raízes;
Vermiculita – componente chave para a manutenção da hidratação das plantas.

 

O mais recomendado é unir essa mistura com um substrato vegetal, ou seja, turfa, terra vegetal ou composto vegetal. É importante que seja utilizado um composto fermentado, pois isso evita o favorecimento de fungos e pragas.

 

Atenção, evite utilizar terra pura ou terra vermelha e argilosa. Com o passar do tempo e as regas a tendência é a compactação do substrato no vaso, o que impede o desenvolvimento das raízes.

 

Um substrato puramente inerte deve ser usado por cultivadores mais experientes, uma vez que as plantas precisarão receber uma carga maior de nutrientes externos. Por isso mesmo é que esse tipo de substrato permite um maior controle das condições físico-químicas no meio de cultivo. Por exemplo, o pH em substratos inertes geralmente é estável, além disso, a porosidade e aeração proporcionadas pela perlita garantem a facilidade no momento de fazer a “lavagem” dos nutrientes do solo.

 

Um substrato que contenha terra também contém microorganismos, esporos de fungos e as bactérias que vivem no solo. Obviamente, nem todas essas formas de vida são prejudiciais às plantas, muito pelo contrário, a maioria é extremamente benéfico. Os fungos e bactérias ajudam no processo de nutrição das plantas, mas podem também causar infecções e originar pragas.

 

Por isso a importância de utilizar um substrato de origem conhecida, principalmente se você está cultivando indoor, onde as plantas estão mais sujeitas às pragas devido, muitas vezes, ao excesso de umidade e baixa circulação de ar.

Showing 2 comments
  • Frankitto

    Gostaria de saber se o substrato a base de turfa pode ser substituído por substrato a base de casca de pinus ou até mesmo a base de tronco de palmeira que são as opções aqui da região em que resido atualmente.

    • admingreenblog

      Não amigo, turfa é um substrato único! Podemos enviar pra ti, aqui:

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