3 lições do dia a dia sobre plantar em casa
Seja um cultivo indoor ou uma pequena horta de temperos e chás, plantar em casa é uma atividade que traz uma série de benefícios à rotina de quem escolhe a arte de jardinar, seja por hobby ou por necessidade. Para quem já planta e para os que pensam em passar a plantar em casa, preparamos uma lista com três lições que ajudam a compreender e a encarar a atividade:
- Paciência, organização e disciplina
- É possível se tornar um cultivador
- Plantar em casa é compromisso
Saiba mais sobre cada uma das lições.
Lição 1 – Paciência, organização e disciplina
O que você ganha ao decidir plantar em casa? Isso depende de cada pessoa. A decisão pode ser tomada para suprir parte ou até mesmo grande parte da necessidade de consumo de alimentos e temperos da família. Mas pode também ter outra motivação, como manter um ambiente agradável, independentemente de ser em casa ou em apartamento, integrado com a decoração do espaço.
Manter plantas ornamentais e mesmo alimentares e aromáticas em casa pode ser um ótimo álibi para quem deseja cultivar um jardim especial também. Muitas pessoas desconhecem o fato de que cultivar algumas plantas em casa pode renovar e purificar o ar do ambiente. Muitas plantas são utilizadas especialmente com esta finalidade. São “especialistas” em purificação do ar a ponto de virarem objeto de estudo da NASA, a agência espacial norte-americana, que recomenda o uso destes tipos de planta na manutenção de um ambiente mais saudável.
Confira quatro sugestões, com base em estudos divulgados em sites como BBC e revista Exame.
Hera Inglesa (Hedera helix)
Listada pelos cientistas da NASA como a melhor planta filtradora de ar, a Hera Inglesa é muito boa em absorver toxinas e multiplica-se facilmente por estacas (pedaços de ramos). Pode ser cultivada em vasos como planta pendente ou apoiada em suporte de xaxim e para revestimento de muros e paredes, bem como para forração em canteiros a pleno sol ou meia sombra.
Lírio da Paz (Spathiphyllum wallisii)
Não exige muita manutenção e multiplica-se facilmente através de mudas que se formam junto à planta-mãe. Necessita de boa iluminação, mas não tolera exposição ao Sol forte.
Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata)
Possui a capacidade de absorver formaldeídos, compostos orgânicos voláteis, muitas vezes utilizados para conservar diversos tipos de materiais presentes em nossas casas (como madeiras, tecidos sintéticos, carpetes, entre outros). Em temperatura ambiente, ocorre a liberação desse composto no ar de nossas casas, em forma de gás incolor e inodoro, sendo apontado como prejudicial à saúde e até agente causador de câncer.
Além de purificar o ar dessas substâncias tóxicas, a Espada de São Jorge também é uma boa fonte de oxigênio. Pode ser cultivada facilmente, tanto em vasos e canteiros com substratos ou até mesmo em vasos contendo água.
Clorofito (Clorophytum comosum)
Ótima planta para iniciantes, sendo de fácil cultivo e multiplicação. Conhecida por absorver e neutralizar compostos como benzeno, monóxido de carbono e xileno, muito utilizado em tratamento de couro, borrachas e impressões. Requer boa irrigação e substrato rico em matéria orgânica.
Como dá para perceber, o propósito para plantar em casa pode variar. Seja por qual motivo tomar a decisão, a lição que se aprender é que é preciso ter paciência, organização e disciplina. A soma destas três atitudes aumenta o senso de cuidados com si mesmo (por meio do consumo de alimentos e temperos produzidos de forma orgânica) e até mesmo senso de cuidados com o meio ambiente.
Ao plantar em casa pode-se ir além e manter também uma composteira caseira, reciclando os resíduos orgânicos da cozinha, como cascas de frutas e restos de alimentos, afinal, tudo isso pode ser incorporado no jardim.
Lição 2 – É possível se tornar um cultivador
A decisão de plantar em casa pode levantar algumas questões. A primeira é a própria capacidade da pessoa em transformar o desejo de ter uma horta própria em realidade, por exemplo. Pesa o receio de ter capacidade para isso, além dos recursos financeiros necessários para a empreitada.
Sobre as despesas, grandes investimentos devem ser muito bem planejados. Para quem tem espaço sobrando, como um cômodo em desuso na residência, por exemplo, o maior investimento acaba sendo a iluminação. Mas mesmo quem conta com espaço maior, como um quintal ensolarado, não necessita fazer grandes investimentos financeiros, mas sim investir seu tempo e dedicação nesse caso.
Por isso, a sugestão é sempre começar pequeno, principalmente para quem não tem muita experiência em jardinagem, e ir aumentando o cultivo à medida que se adquire mais conhecimentos. Vale lembrar que mesmo quem conta com pouco espaço pode otimizar a produção de alimentos, temperos, ervas aromáticas, usando por exemplo, técnicas que já abordamos aqui no blog, como Scrog e hastes “super cropping”.
E sobre ter perfil para encarar o desafio de plantar em casa, sim, é possível afirmar que existe um “perfil de cultivador”, mas praticamente qualquer um pode desenvolvê-lo. Para isso, é preciso ser um bom observador, desenvolver senso de cuidados, manter-se fiel à rotina de cultivo (especialmente quanto às tarefas essenciais como irrigar as plantas, fertilizar e observar se estão recebendo a quantidade ideal de luz).
Algumas pessoas têm maior facilidade em lidar com jardinagem. Mas quem possui habilidades em outras atividades também é capaz de manter um pequeno jardim em casa. Quem sabe na sua família não existe alguém que seja mais “dedo verde” ou que entenda de instalações elétricas ou hidráulicas e possa colaborar com o plantio? E mais do que uma nova atividade, plantar em casa se transforma também em mais um momento para curtir com a família.
Lição 3 – Plantar em casa é compromisso
Para fazer valer a pena a decisão de plantar em casa, uma coisa é certa: será preciso uma boa dose de dedicação. Ao menos manter uma rotina semanal de acompanhando, o que não acaba sendo um grande empecilho, concorda? O começo da atividade, quando são feitas as primeiras configurações do jardim, pode exigir uma dedicação um pouco maior e mais intensa.
É quando se faz os acertos com o preparo de um bom substrato, colocação de material que ajuda a escoar a água no fundo dos vasos (como pedrinhas, argila expandida, entre outros), além de prestar atenção nos pontos de iluminação, seja artificial ou natural, e fazer as primeiras regas e fertilizações. A partir daí, a observação e manutenção do jardim passam a ser as principais atividades, tornando-se um compromisso semanal.
Para aqueles que não dispõe de tempo ou que por vezes viajam, existem ainda técnicas e equipamentos que podem ser bem úteis na automatização do jardim por determinados períodos de tempo. Por exemplo, a simples adição de vermiculita no substrato pode prolongar os períodos entre regas. Isso é possível por causa da propriedade de retenção de água nas partículas de vermiculita. Neste caso, a água acaba sendo liberada aos poucos e fica por mais tempo disponível para ser absorvida pelas raízes.
Outra sugestão para garantir a rega em períodos de ausência, como viagens mais prolongadas, é utilizar gotejadores como PET Gota, à venda na Green Power.
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