Macronutrientes Nitrogênio, Fósforo e Potássio – NPK

 Em Dicas de Cultivo

Principais macronutrientes necessários às plantas: Nitrogênio, Fósforo e Potássio – NPK.

 

As plantas necessitam de pelo menos 17 tipos de nutrientes para se desenvolver. Estes dividem-se em macronutrientes e micronutrientes, sendo os primeiros necessários em maiores quantidades e os últimos em pequenas doses. A falta ou mesmo o excesso de qualquer um dos macro ou micronutrientes provoca, dependendo da sua função, anomalias no crescimento e desenvolvimento da planta.

A resposta da planta à falta ou excesso de nutrientes aparece geralmente nas folhas, onde podemos notar o aparecimento de zonas claras (clorose) ou zonas escuras (necrose).

 

Nitrogênio (N)

O Nitrogênio (N) é um componente essencial para a formação de proteínas, por isso, é extremamente necessário nas fases iniciais da planta. Embora o solo contenha Nitrogênio naturalmente, se um cultivador desejar uma colheita maior e potencialmente mais rentável é importante atentar à fertilização. Torna-se ainda mais relevante fertilizar uma planta que esteja sendo cultivada em substrato inerte (ou semi inerte) como perlita ou vermiculita, bem como se a planta estiver em vasos com espaço limitado. Pode-se utilizar tanto fertilizantes orgânicos quanto minerais. Para as fases iniciais da planta (fase vegetativa ou de crescimento) utiliza-se, portanto, fertilizantes que contenham maior teor de N.

 

Fósforo (P)

 

Assim como o Nitrogênio, o Fósforo (P) é um dos principais macronutrientes para o crescimento vegetal. O P possui implicações na fase adulta da planta, sendo importante na produção das flores. Uma das maiores fontes naturais de Fósforo (na forma de elementos fosfatados) são os oceanos, para onde escoam as águas continentais que carregam esses compostos. Fezes de morcegos e aves marinhas são ricas nesse nutriente, sendo, portanto, boas fontes de fertilizante natural. Fertilizantes com maiores quantidades de Fósforo são requeridos durante a fase de floração das plantas. Um cultivador pode iniciar a fertilização com compostos fosfatados logo nas primeiras semanas de floração ou até antes, para induzir a flora.

O Fósforo pode ser aplicado tanto em fertilizantes minerais quanto orgânicos. Em orgânicos, uma das melhores opções atualmente no mercado são fezes de coelho, Bunny Guano.

Potássio (K)

 

O Potássio (K) é o terceiro macronutriente mais requerido pelas plantas. É um elemento bastante móvel nas plantas, tanto dentro da célula individual, como dentro de tecidos. O potássio não é constituinte de nenhuma molécula orgânica no vegetal, mas contribui em diversas reações bioquímicas, sendo um ativador de grande numero de enzimas, regulador da pressão osmótica (entrada e saída de água da célula) e atua na abertura e fechamento dos estômatos. O potássio é importante na fotossíntese, na formação de frutos, resistência ao frio e às doenças das plantas. Atua também na formação das proteínas vegetais, tendo, portanto, influência no crescimento.

O Potássio é vital na relação água-planta; ajuda a manter a pressão interna das células da planta e produção de frutos mais suculentos. O sistema radicular, em plantas deficientes em potássio, será menos profundo e pouco desenvolvido, o que prejudicará a absorção de água e nutrientes.

 

Dicas de fertilização

Assim, a maioria dos fertilizantes vegetais apresentam esses três elementos (NPK) em evidência, sendo acompanhados pelos micronutrientes. É importante que a fertilização em qualquer das fases de desenvolvimento da planta contenha valores mínimos de N, P e K.

Seja qual for a opção por fertilizantes, minerais ou orgânicos, existem no mercado opções de concentração de N, P e K específicas para cada fase da planta.

 

  • Fertilizantes minerais devem ser diluídos em água em uma pequena dosagem, pois concentram grande quantidade de nutrientes, podendo ocasionar danos às plantas se forem utilizados incorretamente.
  • Fertilizantes orgânicos são mais seguros de serem utilizados, pois apresentam uma concentração menor de nutrientes e são absorvidos mais lentamente.
  • É importante evitar a mistura de muitos fertilizantes. Opte por um apenas e inicie com uma dosagem pequena, aumentando gradativamente de acordo com a resposta da planta.

 

Os fertilizantes orgânicos permanecem no solo/substrato por mais tempo em comparação aos minerais. Os fertilizantes orgânicos de natureza farelada demoram ainda mais para serem absorvidos, por isso, em alguns casos, é interessante misturá-los em água morna, deixar descansar por 24 a 48hs mexendo de vez em quando. O resultado é um chá nutritivo que poderá ser aplicado como água de rega, ao que a planta responderá com maior rapidez.

Existem ainda formulações de NPK com teores mais elevados de potássio (K), como NPK 5-15-45, convenientes para a formação de frutos e sementes ou mesmo para correção de solos pobres em potássio. Esse nutriente esgota-se rapidamente e por isso sua correção é necessária em muitos casos.

Para plantas adultas de onde pretende-se extrair clones é interessante aplicar fertilizantes de manutenção, em dosagens como NPK 18-18-18 ou 20-20-20. Estes irão proporcionar um equilíbrio de nutrientes à planta, fortalecendo-a para a retirada das estacas para clonagem. Também pode-se aplicar fertilizantes de manutenção em plantas recém transplantadas ou nas trocas de substratos.

 

Acompanhe os próximos posts sobre as funções dos outros macro e micronutrientes e também sobre aos sintomas de deficiência desses elementos nas plantas.

 

Showing 2 comments
  • Ricardo Guedes

    Gostei da em formação .

    • admingreenblog

      Precisando conte conosco! !

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